16 janeiro 2013

Crônicas de Nárnia (Sobre o livro)

Confesso que pensei por um bom tempo sobre o que escrever na resenha dessa série. Mas resolvi escrever a verdade, o que realmente aprendi com ele, se alguém se incomodar, me desculpe, mas realmente não posso mudar o que senti.
Queria ler esse livro a uns bom cinco anos e nunca o encontrava livre na biblioteca. Um dia, por coicidência, sem se quer procurá-lo, ele estava lá, em posição de destaque me esperando. Ok, apesar de ter lido em volume único, a coleção se divide em sete livros. Vou tentar falar um pouco de cada um.

O sobrinho do mago
Resumo: Conta a história de como tudo começou e como Nárnia surgiu. Duas crianças vizinhas se divertem explorando um túnel secreto que vai de uma casa a outra. Lá encontram a sala do tio do menino, que na verdade é um mago, que tenta criar anéis mágicos que levam para fora do nosso mundo. Os dois, meio obrigados, acabam usando os anéis, e indo parar em um mundo que já se acabou, e conhendo lá, uma feiticeira terrível. Os três, sem querer, acabam parando no Vazio, onde veem um leão criar um mundo cheio de animais falantes e magia. O Criador dá ao lugar o nome de Nárnia e deixa que o tio mago e um casal de nosso mundo povoe seu país. As crianças voltam pra casa em segurança. Uma fruta de Nárnia se transforma numa linda árvore em nosso mundo, que mais tarde, envelhece e se torna um velho guarda-roupa.

Essa é uma das poucas histórias infantis que encantam adolescentes e adultos de uma forma incrível. Instigante, criativa e cheia de magia, Lewis mistura seres mitológicos e mensagem bíblica em um só livro, de uma maneira linda e supercriativa. A criação, quando o grande Vazio, sem forma se torna um lindo mundo cheio de animais, não só faz lembrar em como o nosso mundo foi criado, como faz pensar nas maldades que fizemos aos animais hoje. É uma história divertida, e uma ótima maneira de entender a Deus e sua Criação.

O leão, a feiticeira e o guarda-roupa
Resumo: Pedro, Suzana, Edmundo e Lúcia estão passando as férias na casa do tio. Brincando de esconde-esconde na casa, Lúcia se esconde num velho guarda-roupa, onde acaba encontrando uma terra cheia de neve e animais falantes, além de um amigo fauno. Ninguém acredita nela, até que os quatro vão parar de uma só vez na terra de Nárnia. Lá, além de se econtrar com o próprio Aslan, o soberano Criador de Nárnia, têm a missão de vencer a feiticeira que tomou conta do país. Edmundo trai os irmãos, ficando do lado da feiticeira, e é condenado a morte, mas Aslan aceita morrer do lugar dele. Como o inocente morreu no lugar do traidor, a pedra se quebrou e Aslan voltou a vida. Juntos, os quatro se tornam os Grandes Reis de Nárnia, vivendo aventuras até a idade adulta. Sem querer, encontram a saída de volta pra casa, e se encontram crianças de novo, minutos depois de terem partido.

Esse é o livro mais famoso das Crônicas de Nárnia, e foi realmente o que eu mais gostei.  A linda história dos lendários reis de Nárnia, não só dá lindas lições de lealdade, amizade e diferença entre bem e mal. Nos mostra também, o amor que Jesus teve por nós pecadores, ao morrer inocente em nosso lugar, pra depois ressucitar no terceiro dia. Essa linda história infantil que deve ser lida em qualquer idade, trás na pele do Leão Aslan, a história de Jesus e seu grande favor a humanidade.

O cavalo e seu menino
Na terra de Calôrmania, onde os animais não falam, vive um garotinho adotado por um homem ruim, que o maltrata. Ameaçado de ser vendido como escravo a um homem ainda mais ruim, o garoto foge com o cavalo do homem, descobrindo que é um cavalo falante de Nárnia. Encontra-se com uma menina de sua idade, também indo pra Nárnia com um cavalo falante. Depois de muito esforço e cansaço, os dois chegam a Nárnia e lutam contra os calormanos em favor do país, ao lado dos Grandes Reis de Nárnia. Depois da guerra, o menino descobre que não é calormano, e sim, um príncipe da Arquelândia, perdido quando bebê. Se torna Corin, rei da Arquelândia.

A história te prende do início ao fim. Apesar da parte triste do início, o livro termina bem e feliz, fazendo feliz também quem lê, Alias, dá pra aprender muito sobre luta e determinação, além de Aslan falar a frase que grudou na minha cabeça: "Cada um interessa saber só a sua história".

Principe Caspian
Na décima geração dos filhos de Caspian, surge Caspian X, um príncipe criado pelo tio para se tornar o rei de Nárnia. Quando o tio tem um filho, porém, pretende matar o sobrinho, para que o filho governe. Como o tio de Caspian, é mal com os moradores do país, além de proibir animais falantes e seres mágicos, Caspian e os "verdadeiros moradores" de Nárnia, tentam lugar contra o atual rei. Pra isso, vão receber a ajuda de ninguém mais que os quatro reis de Nárnia, que ainda são crianças, e assustam os moradores, que acreditam que os quatro já tinham morrido a muito tempo.

A história te envolve, mostrando a diferença de como o tempo passa no nosso mundo e Nárnia. Ripchip, o rato corajoso, na minha opinião é um dos personagens mais divertidos de toda a série. A preparação para a guerra é divertida e cheio de ação e magia, principalmente quando os espíritos das árvores se juntam a eles.

A viagem do peregrino da alvorada
Numa passagem na casa dos tios, Lúcia e Edmundo se veem obrigados a conviver com o primo almofadinha, Eustáquio. Um quadro com a figura de um navio se torna real e leva as três crianças pra dentro do quadro. Nos arredores de Nárnia e Calôrmania, no meio do Oceano de um outro mundo, se encontram com Caspian, três anos depois da batalha em que participaram. Juntos, os quatro conhecem todos os países e ilhas, tentando encontrar o fim do mundo. E RipChip realmente o encontra, sumindo para sempre. Mas as três crianças simplesmente descobrem que o fim daquele mundo, é a entrada para o nosso. Aslan aparece pra eles em forma de cordeiro, e lhes diz que Lúcia e Edmundo não visitarão mais Nárnia.

Cada aventura passada por Caspian, Edmundo, Lúcia e Eustáquio, ensina lições maravilhosas de ousadia, coragem, medo, sonhos e magia. Alias, a mudança surpreendente de Eustáquio em um menino chato e mimado pra alguém bom e amável, dá uma luz incrível a história. No final, quando Aslan vem em forma de cordeiro (o que alias, lembra as duas representações bíblicas de Jesus: Leão da Tribo de Judá e Cordeiro de Deus), as palavras deles são enigmáticas: "É preciso que vocês me conheçam no seu mundo. Lá, eu tenho um outro nome e uma outra forma. Mas é necessário que conheçam o que fiz por vocês no seu mundo". Essa mensagem pra mim, confirmou o que eu já desconfiava: Aslan é em Nárnia a mesma pessoa que Jesus é no nosso mundo, só com nomes e história diferente. Aslan é o Deus de Nárnia, mas com letra maiuscula. Não um deus. mas Deus.]

A cadeira de prata
Eustáquio conta a amiga da escola tudo o que passou em Nárnia, e diz que quer voltar lá. Jill, surpresa, aceita ir, mesmo sem saber como os dois lá chegariam. Depois de uma briga por lá, os dois fogem para o portão, que os leva magicamente a Nárnia. Como Eustáquio cai de um precipício, Aslan aparece a Jill e lhê dá a missão que designou aos dois: procurar o príncipe perdido.
Já em Nárnia, os dois descobrem que Caspian é um homem velho, e seu filho Rilian, está desaparecido. Com a ajuda de um paulama, os dois entram em uma aventura atrás do príncipe.
Caído num buraco, os três se veem em um país de baixo da terra, comandado por uma feiticeira, e seu fiel escudeiro. O pobre sofre com uma maldição, por isso é colocado em uma cadeira de prata, onde se transforma em cobra e ataca os próprios companheiros. Na hora antes que virasse o mostro, o garoto pediu ajuda, em nome de Aslan, e o soltaram. Descobriram então que se tratava de Rilian, que estava aprisionado pela rainha. Juntos, os quatro mataram a rainha, e voltaram a Nárnia, onde Caspian morreu.

Fez pensar muito quando a rainha tentou ludibriá-los, dizendo que o mundo lá de cima não existia, que era uma invenção deles. Me lembrou muito o nosso mundo. Todos nós estamos tão alienados com o que estamos acostumados, que esquecemos que esse mundo não é o único. Muitos tentam nos enganar, dizendo que 'inventaram' um mundo espiritual que não existe. Mas se formos espertos como Eustáquio e Jill, saberemos a diferença entre realidade e ficção.

P.S: Vou postar o último livro no próximo post, pois ele será grande, e não quero deixar esse já extenso, pior ainda.

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