Katie - Capítulo 18 - Suja e perdida (Lado escritora)

Esse é um dos capítulos do meu projeto Katie - A escrava Isaura teen (nome provisório, óbvio). Clique para mais informações sobre o livro. ATENÇÃO: Não recomendado para menores de dezesseis anos.

 

- Se  não é meu amigo Juan! - animou-se Estevan, dirigindo-se ao policial - Temos uma moça saindo do forno aqui, só treze aninhos!

O coração e a esperança de Katie despencaram. O policial era um cliente.

Todos silenciaram, o policial sorria gentilmente, ironizando a situação.

- Essa bonitinha aí? - perguntou ele - Dou cincão por ela.

- É sua - Estevan jogou Katie do palco improvisado, fazendo a menina cair nos braços do policial, que a abraçou fraternalmente.

Ela ergueu-se, olhando o rosto do homem que a segurava. Ele lhe sorria, quase como um pai. Devia ter seus quase quarenta anos.

- Tudo bem, por ficar calma, por enquanto - ele falou - Só quero conversar um pouco. Busque uma bebida para mim, vou esperar aqui.

Sentou-se em uma das mesas, com o mesmo sorrisinho bobo. Katie foi ao balcão buscar o que ele pediu, pensativa. É claro que se não existiam garçonetes e acompanhantes, todas fariam ambos.

Voltou com duas taças de martine nas mãos. Seus dedos tremiam, movendo a bebida avermelhada. O homem lhe sorriu, quando ela se aproximou, e ela colocou as bebidas na frente dele. Mas havia outro policial, meio calvo e com barriga grande, sentado na outra cadeira da mesa.

Katie ouvia os outros leilões ao longe. Meninas de doze, onze e dez anos eram vendidas como mercadorias. E ela tinha prometido a elas que tudo ia ficar bem, quanto arrependimento!

Juan apontava seu colo, para que Katie sentasse. Ela fez que não, temerosa. O policial perdeu o sorriso e a paciência, e ergueu-se em segundos, puxando a garota contra seu corpo, fazendo-a cair em seu colo. A menina mordeu o lábio, que tremia, querendo soltar o choro.

Ouviu o homem sussurrar em seu ouvido.

- Tá pronta para nossa noite, minha gostosa?

Katie estremeceu, fechando os olhos fortemente, tentando conter a imaginação.

- Gosta de chupar? - ele falou com voz grosseira, e enfiou a língua nojenta dentro da orelha da menina, causando uma reviravolta em seu estômago.

A boca nojenta desceu, devagar, chupando o pescoço de Katie com violência. Ela mordia a língua, forçando o choro a ficar guardado no peito.

- Fiquei sabendo que o Arthur estava desconfiado da exploração infantil nessa região - comentou o homem a frente deles - Parece que queria averiguar alguma coisa.

Juan deu de ombros.

- Fala para o Estevan - sugeriu - Se ele não aceitar a proposta de cliente VIP, talvez ele seja assaltado e morto tragicamente.

Katie sentiu um sapo na garganta. Quantos crimes, afinal, aquele homem cometia?

Juan acariciava sensualmente as pernas nuas de Katie, que ainda segurava as lágrimas teimosas no canto do olho.

Foi quando sentiu a protuberância em baixo de si, no colo de Juan.

As lágrimas teimosas caíram de seu rosto.