31 agosto 2013

Crepúsculo (Sobre o livro)

Ainda não entendo por que eu sou fã de Crepúsculo.
Não, não é porque é modinha (ou foi) nem tampouco é porque acho o Taylor Lautner lindo, até porque apesar de concordar que ele seja lindo, eu detesto toda a saga de filmes de Crepúsculo (desculpem as fãs, mas realmente não acho que os atores foram bem escolhidos, nem acho que o filme seja realmente interessante, com exceção do Eclipse, talvez).
A maioria das pessoas que não gosta da saga, usa como base o fato de vampiros brilharem. Ok, eu sei que realmente não é uma coisa de vampiro "de verdade". Mas por que exatamente todo vampiro precisa ser igual? A autora usa uma coisa chamada "liberdade literária" que dá a ela a chance de fazer o que ela quiser com os personagens dela. Eu confesso que também não gostava muito, no início, mas cheguei a conclusão que no contexto da história faz mais sentido... Eu passei a gostar bastante disso, depois que li A breve segunda vida de Bree Tanner.
Eu e Bella não temos absolutamente nada em comum (mentira, eu também sou péssima em qualquer esporte coletivo ou que envolva bolas). Como se não bastasse odiar a neve, ela é, no meu ponto de vista, o tipo de personagem egocêntrico, chato e melodramático que eu detesto em livros de primeira pessoa. Além do mais, ela faz do Edward uma obsessão, o transforma no deus dela, ao ponto de querer a todo pano morrer (tá transformar-se, como vocês quiserem) e abandonar os pais (lê-se: deixá-los sofrendo por não saber onde ela se meteu por anos até que morressem) em troca de um amor adolescente. Sinto muito se estou ofendendo demais, como eu disse, sou sim, fã de Crepúsculo, mas nem por isso sou obrigada a gostar da personagem principal. E, pensem, qualquer um que acha que um romance (seja ele um rolinho de adolescente de 13 anos ou o amor da sua vida) vale mais que a felicidade das pessoas que te deram a vida, não merece o meu respeito. Bem, tem uma coisa que admiro nela. Sua coragem, claro, ninguém pode negar que apesar dos motivos serem bobos, sua coragem deve ser evidenciada. E a sua preocupação com todos aqueles que ama, fosse os pais, o namorado e a família dele ou os amigos, ela se mostrou em vários momentos cheia de preocupação pela segurança deles, o que é admirável, considerando o fato de que quem mais corria perigo era ela própria.
Quanto a Edward, bem, é claro que ele é apaixonante. Faz aquele tipo de personagem tão lindo que desde a menina de onze anos até a mulher de setenta se apaixona. Eu o imagino perfeito, e bem, ele é de tirar o fôlego mesmo, com aquele romantismo todo. Mas acho que é exatamente esse o problema, ele é romântico demais! Chega a me dar ânsia de vômito às vezes (na maioria do tempo eu simplesmente suspiro com as coisas que ele fala, eu confesso). Ele é exageradamente fofo e perfeito, o que não faria o menor sentido se ele não tivesse nascido em outro século.
Os outros componentes da família Cullen são incrivelmente misteriosos e participantes, o que dá certo ar de curiosidade e aquele quê de carinho por cada um deles: Alice e Jasper, sempre fofos daquele jeito deles; Emmett, que parece fazer piada de tudo; Esme, a protetora mãe; Carlisle, com seu ar maduro e inteligente e sua alta piedade e bondade; e Rosalie, bem, que apesar de não gostar de Bella, age assim por amor a família e por inveja da condição humana da garota. Jacob e o pai fazem o lado protetor, a meu ver, o desejo dos dois é realmente que ela fique bem, mas, como eu disse, Bella prefere seu namorado vampiro a sua própria vida. Charlie é meio apagado, apesar de ser bastante citado, mas isso se deve ao fato de ele ser realmente assim, recluso e quieto.
Com certeza a parte que mais me emociona é a que Bella diz a Charlie que vai embora. Ela o magoa, sem medo e com pouca piedade, e eu sei que estava fazendo isso para protegê-lo, talvez eu tivesse feito o mesmo no lugar dela. Mas o estado que fica o pai dela, nossa, é de atordoar pessoas insensíveis, como eu. Eu não sou muito sentimentalista quando se trata de romancezinhos ou outras coisas melosas. Mas pais? Caramba, não há no mundo amor mais sincero, e nem mágoa mais triste do que quando se trata deles. Pais tem uma forma de amar que ninguém se surpreenderia se fosse melosa. Nem mesmo eu.
E bem, há toda a luta com James. Desde que ele inicia sua caçada, o livro toma um rumo diferente, de ação, ansiedade e confusão. Não de modo ruim, que não dá para entender e o livro se torna chato. Mas confusão esclarecida para o leitor, um plano esquematizado, as ações, as lutas... Até mesmo a parte entediante – para Bella – no hotel, se torna ritmo de ansiedade e pavor por parte de quem lê.
Eis aí por que sou fã de Crepúsculo: é uma história linda, do início ao fim, que deslumbra, emociona e excita. Personagens parecem fazer parte da vida real e bem, é uma bela lição de que preconceito – de qualquer tipo – não existe no amor. E ah, Stephenie é uma mulher incrível. Ela está entre as cinco mulheres que eu admiro, me inspiro e sonho em um dia escrever minimamente parecido com a magnífica escrita dela.

Opinião: Muito bom
Nota: 5 estrelas

Um comentário:

  1. Eu sou apaixonada pela saga e devo muito a ela por ter sido o pontapé inicial que me levou a escrever.
    Não curto a parte dos vampiros brilharem, nem o fato de serem vegetarianos, mas gosto tanto dos livros, que sinceramente não ligo para esses fatos. Se fossem casos isolados poderia até pensar nisso, mas a série, como um todo, é muito especial pra mim. <3

    Bjs,
    Kel
    www.itcultura.com.br

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