23 julho 2013

Mais que uma infância (poema)

Nas nobres ruas da nostalgia,
Me deparo com o vazio de esperança.
Os olhos humildes enxergam atrás,
A prece clara e inocente de criança.

Olhem o rio, a verde mata
As andorinhas, as belas fadas.
Meus amigos, que bastava brincarmos
E meus troféus, mesmo que imaginários.

Já viu a glória do simples sol?
E as montanhas, que viram parques?
Já viu o encanto do aprender
E a magia do peixe no anzol?

A lágrima consolada pelos braços maternos,
E o colo quando a dor é infinita.
As letras rabiscadas nos cadernos
E o simples sofrer é luxo.

O sorriso sincero de um adulto,
E a mão estendida do novo amigo.
Nada mais que inocência,
Ausência de medo e preguiça.

O frio a nada pode impedir,
E o mais duro calor também nada faz,
Até a escuridão se torna diversão,
E a chuva no rosto faz o grito surgir.

E minha infância, já hoje finda,
Declaro amar mais que os anos mais.
Porque a vida curta de uma criança
Vale mais que longas vidas matinais.

De minha autoria. Plágio é crime.

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