Dizem que mãe sente culpa não importa o que faça. Bom, é verdade.
Eu tinha um programa sobre filhos desde os 15 anos. O que eu iria fazer, como ia criar, como iria vestir, em qual curso matricular e em que período da vida ter cada um. Bom, eu não pensava em duas coisas nessa época: que existe outro adulto na equação, e que as vezes pode faltar grana para a programação.
Isso talvez seja a primeira das minhas 'culpas', a falta de dinheiro. Ter ficado grávida foi escolha minha, confesso, mas foi um impulso libriano, não uma de decisão consciente. Não tinha condições financeiras para ter um filho e pago isso hoje com o fato de ficar babando roupas para ele e não ter dinheiro para isso, ou mesmo de não poder levar ele para passear sempre que quero.
Outra grande culpa foi a de ter que trabalhar. É, eu sempre tive a ideia de ficar com meus filhos, ou no máximo, trabalhar meio turno, mas a necessidade me fez ter que trabalhar. Bom, foram só três meses, mas os meses que me fizeram ver que eu tinha um filho crescendo e que ele não estava sendo criado por mim. Foi torturante.
E eis que veio a atual grande culpa: o celular. Não gosto de contar como, mas o celular já foi caso de irresponsabilidade da minha parte em 3 ocasiões (só que eu me lembre). Digamos que me acostumei a mexer nele quando ele era pequeno é só dormia. Ele cresceu e nada mudou. Bom, na verdade mudou sim, desde que me toquei disso (na saída do emprego) que ando tentando dar atenção pra ele quando estamos em casa. E aos poucos vou mudar isso quanto a casa dos outros e até antes de dormir (mesmo que ele esteja dormindo porque não é certo perder sono por isso).
A culpa no meu caso não é tão sem sentido assim. Quem já me viu sabe porque. Mas agora já perdoei a mim mesma por saber que estava com uma grave DPP desde que ele nasceu e que só o emprego me fez melhorar, e por isso mesmo, melhorar o tempo com ele.
Culpa de mãe. Todas temos.
08 novembro 2017
Sentimento de culpa de mãe
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